domingo, 14 de agosto de 2011

O Guia do Mochileiro das Galáxias (Análise)

Volume Um da Trilogia de Cinco


Esse livro (publicado em 1979) é um clássico da cultura nerd, mas só tive a iniciativa de ler Douglas Adams esse ano. Com um humor afiado e uma linha narrativa ímpar, o autor conta a história de Arthur Dent e seu amigo Ford Prefect nos confins do universo. Sempre com a ajuda do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário existente. Por que o melhor? "Em primeiro lugar, é ligeiramente mais barato; em segundo lugar, traz na capa, em letras garrafais e amigáveis, a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO."
O livro reuni diversas sacadas geniais sobre filosofia, física, comportamento... Tudo com muita comédia e sarcasmo. Algumas verdades universais são questionadas: você sabia que o homem é apenas a terceira criatura mais inteligente do planeta Terra? 

Minha opinião pessoal? Divertidíssimo de ler, porém a jornada nos deixa sem nenhum "porto seguro". Tenho certeza que essa era a idéia: Douglas Adams tira você do chão e joga você num contexto de "probabilidades infinitas"!  As coisas vão acontecendo - uma avalanche de eventos incríveis - e, quando vai chegando no final e as coisas vão se explicando... De repente, a insegurança! Será que o autor tem mesmo um plano para os livros seguintes ou ele apenas está se divertindo (e nos divertindo também!), sem nenhum compromisso de explicações?

Assim que puder, postarei a continuação - "O Restaurante no Fim do Universo".

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crônicas de Gelo e Fogo - Fúria dos Reis (Análise)


(CUIDADO = "SPOILERS" DO PRIMEIRO LIVRO)

E a saga continua - pelo menos daqueles que sobreviveram ao primeiro livro!

George R. R. Martin foca agora nos eventos desencadeados pela morte do nosso querido Ned Stark. Neste novo cenário temos os Lannister, que desejam se manter no poder; Stannis Baratheon, que se declara herdeiro legítimo, já que Joffrey não o é; Renly Baratheon, irmão caçula, que acredita ser mais sensato e melhor regente que seu irmão mais velho e ranzinza, Stannis.

Enquanto isso, nas terras gélidas do norte, o garoto Robb Stark foi declarado Rei do Norte, iniciando uma guerra contra os Lannister, responsáveis pela morte de seu pai e pela captura de suas irmãs.

O livro é sensacional mas tem seus altos e baixos. A trama amadurece, assim como os personagens. As melhores tramas enfocam Arya e Tyrion, que continuam sendo meus personagens favoritos. Devo admitir que até mesmo o martírio de Sansa me cativou.

Além disso, temos mais a participação de Theon Greyjoy, que, apesar de ter tido um papel apagado no primeiro livro, mostra sua "verdadeira cara" neste segundo.

Infelizmente as histórias de Jon Snow, Dani e Bran me decepcionaram um pouco, mas não o suficiente para me fazer desgostar da história. Chegando próximo ao final, as coisas esquentam para todos os personagens.


"Um cometa vermelho como sangue cruza o céu." Cada um interpreta de um jeito diferente esse visitante celestial. Mas para nós, leitores, ele simboliza uma coisa: o retorno dos contos fantásticos. O autor agora utiliza a magia com mais liberdade, contudo ainda sem exageros. A feitiçaria é sempre tratada como uma atividade sombria, envolta em mistérios.

E o mistério ainda continua em As Crônicas de Gelo e Fogo! Agora é aguardar setembro para A Tormenta das Espadas!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Crônicas de Gelo e Fogo - Guerra dos Tronos (Análise)




É injusto comparar George R. R. Martin com Tolkien. Tudo bem, ambos escreveram sobre um cenário fictício medieval, contudo, enquanto o elemento fantástico está escancarado desde o início nos livros do "Senhor dos Anéis", em "Crônicas de Gelo e Fogo", o que está em evidência é outra coisa.

Intrigas políticas, conspirações. Sexo, violência, tabus. Tudo isso imerso num mundo onde a fantasia não é óbvia, está nas entrelinhas. E quando ela é descrita, não parece forçada. Ele organiza a narrativa em capitulos curtos, cada um com o nome do personagem que será explorado naquele momento. Isso dá uma dinâmica interessante à história, mostrando ângulos diferentes do mesmo evento.

Por outro lado, enquanto Tolkien foi extremamente detalhista e descritivo nas ambientações, lentificando certas passagens que poderiam ser mais dinâmicas, George Martin exagera na quantidade de personagens. Isso incomoda (pelo menos me incomodou) a princípio, mas você compreende que cada um ali tem seu papel, mesmo os secundários.

Apesar disso, Martin tem o mérito de criar personagens tão diferentes entre si, com motivações e personalidades variadas. Alguns tão carismáticos e outros tão repugnantes (daqueles que "amamos odiar").
O primeiro livro é altamente recomendável, mas é um caminho sem volta. Quando terminar vai perceber que ele é o inicio da saga de 7 livros, então é bom estar preparado!